No caos das fortes chuvas de ontem, consegui a proeza de levar seis horas para chegar em casa. Morar no condado do ABC não é nada divertido nessas horas. Mas a parte disso, toda a confusão me levou a divagar sobre um tema que parecesse ter saído da pauta dos tempos moderdos: o cavalheirismo.
Enquanto eu e outra dezenas de mulheres nos espremíamos nos menores espacinhos do ônibus e do trem, nos equilibrando em nossos saltos milimétricos e absurdamente altos e segurando as nossas costumeiras (pequeníssimas!) bolsas, todos os bancos eram ocupados por homens. Nenhum, em nenhuma circunstância, ofereceu seu lugar a uma das mulheres que se mantinham em pé.Concordo que, muito provavelmente, todos ali estavam voltando dos respectivos trabalhos e de veras cansados. Porém, pelo menos oferecer-se a segurar nossas bolsas já seria um bom começo.Se estivéssemos na mesma situação há alguns anos (tudo bem, há alguns muitos) de certo, os homens levantariam para permitir que as damas se sentassem. Infelizmente, não vivi essa epóca. Mas a vi em filmes, novelas e realmente acho que não há mau nenhum em ser cavalheiro. Todas as mulheres amam ser cortejadas, bem tratadas. Por mais anti-românticas que sejam, não existe ainda uma que não se encha de alegria ao ter a porta aberta, a cadeira puxada para se sentar, ao receber flores ou uma bela serenata. Thik about it!
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