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sábado, 21 de março de 2009

Entrevistando o espelho

Nesses quatro anos de iniciação ao jornalismo, já tive a oportunidade de entrevistar muita gente, desde pessoas normais até o senhor excelentissímo presidente da república. Mas se eu pudesse escolher a quem entrevistar, certamente, teria um turbilhão de pessoas especiais. Christopher Uckermann, Kayky Brito, Picasso, Mozart, Shakspeare, entre outras dezenas. Porém, existe alguém que eu tenho certeza que nunca poderei entrevistar e, por isso, é a minha entrevista dos sonhos. Queria entrevistar meu eu-interior!
Muita viagem? Não nada disso, ou melhor, quase isso. Faria uma viagem ao mais profundo de meu ser pergutando a mim mesma tudo aquilo que eu sempre quis que tivesse uma resposta e nunca encontrei. Porque sou tão estressada? Porque sou tão romantica? Porque não confio nas pessoas? Porque me sinto tão carente? São tantos os porques, os pra ques, os comos...tantas as questões que queria me fazer que teria material para uma série de reportagens especiais, horas de gravação.
Entrevistando a mim mesma eu saberia tudo aquilo que me aflige, saberia os motivos de minha existência e responderia, talvez, grandes questões da humanidade. Não tenho que perguntar a Deus porque tudo sempre acontece comigo, se sou eu quem escolhe como reagir a tudo. Não tenho que perguntar ao Ucker porque ele é tão lindo, mas a mim porque o acho lindo. Não tenho que perguntar a escritora de crepúsculo porque a série dela é um sucesso, mas a mim porque eu torno a série dela um sucesso.
Pode parecer egocêntrismo e, talve, até seja um pouco sim. Mas eu acho que vai bem além disso. Uma entrevista com você mesmo, um bate-bola com seu eu-interior é um passo a mais para se alcançar o auto-conhecimento, pasa se aceitar e se entender. Para mim se cada entrevista especial, de cada um, fosse consigo mesmo...grandes erros da humanidade podem ser corrigidos ou, quem sabe, evitados.

Post para a revista Capricho edição 1068 com o tema: Qual seria sua entrevista perfeita?

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