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sábado, 18 de abril de 2009

20 de abril de 2018

O relógio desperta. Levanto mau-humorada como sempre. Nada mudou no meu jeito de ser desde que me entendo por gente. Sempre fui chata, perfeccionista e resmungona. Ok, talvez a idade tenha piorado isso um pouco. Olho no relógio. Maravilha! Continuo sendo a mesma atrasada de sempre. Saio caçando roupas, sapatos, meu celular e meu laptop em meio a zona do meu apartamento de cobertura na Barra da Tijuca. Vou tropeçando nos jornais, nas revistas, nos brinquedos dos meus filhos. Aí sim eu tenho filhos, três por falta de um. Meu Deus, porque não me avisaram que ia ser assim tão complicado! Tudo bem, lembrete mental: pedir para dona Elza (olha que legal eu tenho uma empregada!) recolher tudo e limpar a casa enquanto eu estou fora. Enfim consigo chegar na cozinha. Um café bebido, socado garganta abaixo junto com uma fatia de pão. O celular começa a tocar, meu BlackBerry também. É o trabalho me chamando, a redação para sem mim, óbvio. Afinal já viu uma redação de um grande canal de Tv funcionar sem a sua editora-chefe. - Alô? Ah sim, reunião de pauta em 15 minutos. Sim me lembro. Ok estou indo. Droga! Eu não me lembrava mesmo de ter marcado isso a essa hora da manhã. Termino de engulir meu café, dou um beijo nos meus filhos. Meu marido já me espera na porta. Ele também é jornalista trabalha comigo, tem a mesma idade que eu. Trinta anos, uma vida construída, mas uma centena de sonhos pela frente.

Pauta para o TDB ;*

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