Quando 2012 despontou no horizonte, eu recebi de presente 366 páginas em branco para escrever o que eu bem entendesse. Eram 366 novas chances para transformar o que havia de ruim, para buscar o que havia de bom. Eram 366 dias para compartilhar com alguns e subtrair de outros. Logo no primeiro minuto deste ano, ganhei uma caneta e a primeira folha para rascunhar tudo o que estava por vir. E eu vi, vivi e escrevi tanta coisa! Um livro. Doze volumes. Doze meses carregados de histórias, lágrimas, sorrisos, vitórias e derrotas. Tiveram mocinhos, princesas, vilões e bruxas. Outras dimensões com novos e velhos personagens. Uma viagem em um túnel com uma luz brilhante no final. Uma viagem que só começou!
Como em toda série, eu adoraria pular algumas partes e dar um fast forward para o que houve de bom. Mas nenhuma vida tem só histórias felizes. Fui arrebatada por uma virose nada bem vinda há algumas semanas do meu aniversário. Só um susto. Uma pequena vírgula naquela página. No mesmo capítulo, no entanto, outra surpresa nada gratificante. Pouco depois do tão esperado 29 de fevereiro, aquele que se dizia melhor amigo virou as costas sem nem se importar. Passou uma borracha em tudo que tínhamos vivido juntos e foi escrever a história dele em outro livro. E sabe o que eu acho? Que daqui há alguns anos vou receber uma cartinha como a que desenterrei essa semana: "sua amizade me fazia mal e eu precisava me afastar". O que eu penso disso? Acreditem nas pessoas erradas, mas não chorem por terem perdido as certas depois. Fica a dica :)
Quando o assunto é mágoa, ainda posso passar para o caderno duas humilhações sofridas no trabalho. A semana mais infernal da minha vida no lugar que todos consideram o paraíso: Ilhabela. Mais do que marcas na pele (das picadas intermináveis de pernilongo), ficaram as marcas na alma. Nunca tinha sido tratada com tamanho desprezo por ser uma "prestadora de serviços". Acho que posso dizer que senti por cinco dias o que lixeiros, empregadas domésticas, pedreiros e tantos outros profissionais sentem todos os dias sem reclamar. Por isso, aproveito para dizer que respeito é necessário e agradável em TODOS os âmbitos e para TODAS as pessoas. Desculpe o clichê, mas ninguém é melhor do que ninguém e, quando morrermos, vamos todos para o mesmo lugar. Como se não bastasse, de volta ao escritório aprendi uma lição valiosa. Todos que estão acima de você em uma empresa vão dar um jeito de te pisotear um dia ou outro. Você pode fazer tudo certinho, chegar sempre no horário e ser nota 10. Não adianta. Você será humilhado na frente de todos os seus colegas de trabalho por um erro que não cometeu. Lembra quando eu disse que minha história neste ano tinha bruxas e vilões?
Passada muita água embaixo da ponte (olá, clichê dois!), meu ano teve passagens muito mais importantes do que as notas ruins de rodapé. Levaria horas para descrever o capítulo de uma das viagens mais maravilhosas da minha vida. Eu me apaixono facilmente por tudo que eu vejo, é verdade. Mas encontrar o amor pela primeira vez nas calças da Hollywood Blvr foi inesquecível. Sentir a sensação de pertencimento, de ter um lugar feito só para você enquanto passeia pela Rodeo Drive ou pelas mansões de Beverly Hills. Ter medo de ser preso por stalkear as celebridades, por visitar as casas do Efron, da Perry e do Mayer. Se jogar de cabeça em outro oceano e deixar sua marca registrada nas areias de Venice Beach e Santa Mônica. Tudo acompanhada de novo melhor amigo que ocupou melhor do que ninguém o espaço vago.
Só o começo! Continuar as aventuras pelas ruas da poderosa Vegas. Ficar em um dos hotéis mais luxuosos do local, com direito a TV te recepcionando e uma vista de tirar o fôlego. Terminar o passeio caminhando cheia de compras pela Times Square ou conversando face to face com a Estátua da Liberdade. Ter uma crise de pânico no metrô de Nova Iorque e acabar ficando de cara com a cidade antes de morrer de amores por ela. Caminhar pelo Central Park e atravessar Manhattan inteira a pé....
Falando em companhia, trazer de volta para o seu lado aqueles de 1900 e bolinha. Cultivar, cuidar e amar aquelas meninas que te amam desde sempre. Dar adeus a outros que não tiveram a chance de saber quem você era e que não fazem falta para os próximos capítulos. Tudo acompanhado de uma soundtrack recheada de Mayer, One Direction e, claro, Bruno Mars que abriu 2012 ao vivo e em grande estilo. Na calçada da fama, cruzar com Claudia Leitte, Buchecha, Tiago Iorc e Marcelo Mancini. Tantos momentos, tantas festas, tantas músicas, tantas histórias.
Falta pouco mais de 24 horas para 2012 ir embora. Já fiz minha lista de resoluções para o ano novo e já estou na ansiedade para receber meu novo caderno. Minhas novas 365 páginas em branco. As novas 365 chances para escrever meu futuro. Um novo livro. Doze volumes. Doze meses carregados de histórias, lágrimas, sorrisos, vitórias e derrotas. Que tenham mocinhos, princesas, vilões e bruxas. Outras dimensões com novos e velhos personagens. Uma viagem em um túnel com uma luz brilhante no final. Uma viagem que só começou!
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