Poderia ter sido um ano silencioso, não fosse a transformação que ele proporcionou logo nos primeiros meses. Poderia ter sido um ano agitado, não fosse a vontade de redescobrir quem eu era e o que eu realmente queria. Talvez possa ser classificado como um ano de mudanças, embora não tenha havido tantas...Poderia ter sido só mais um ano para somar aos passados, mas não foi.
Ano passado não menti ao dizer que 2011 teria trabalho se quisesse ser tão bom quanto meu 2010. Hoje, preciso dizer que não conseguiu, mas passou perto. Os últimos 360 dias se esforçaram minuto a minuto para bater o quase incomparável antecessor. Se antes havia sido um tempo de diversão, este foi um tempo de mudanças. Novo emprego, nova rotina, novas pessoas, novos conceitos e novas perspectivas de vida. Sem exagero, quem sabe, uma nova "eu" não tenha nascido entre as páginas do calendário.
Entre as tantas indas e vindas do último ano, felizmente, este ficou marcado como o ano de voltas. Volta ao passado, ao escondido no armário, ao enterrado bem no fundo da alma. Peça por peça, os assuntos até então inacabados, foram entrando nos eixos. Uma rachadura no gelo aqui, um pedido de desculpas ali e cada erro foi sendo lentamente corrigido numa tentativa de voltar ao que era, ou ser ainda melhor.
Em 2011, sinto que cresci e amadureci um bom tanto que o calendário não me parece ter registrado. Eu posso dizer que tentei. Tentei ser menos explosiva, menos infantil, mais tolerante, reclamar menos e uma série de outras tantas coisas. Se eu acho que consegui? Ainda falta muito para consertar, mas o meu "novo eu" me parece muito mais feliz e em harmonia com as outras pessoas do que costumava ser ano passado. Brigas e desentendimentos traumatizantes não fizeram parte da minha lista de memórias, ao menos.
Se pudesse batizar o ano que vai eu o chamaria de "Ano do Recesso". Dei trégua ao meu coração e mantive o amor fechado para balanço. Precisava me amar mais antes de amar alguém. No começo tudo funcionou, mas um incidente em uma balada qualquer em uma noite que eu não queria ter ido, levou todo um trabalho de autoestima ao chão. Não, ela não está tão baixa quanto antes, mas voltou ao estado de inércia do qual é pouco provável que consiga sair. Não quero mudar por alguém. Nessa área, decidi que 2012 é meu deadline - se me cabe o parênteses jornalístico. Tenho 366 novos dias para procurar pelas ruas e esquinas alguém que saiba meu nome por mais do que uma noite e que queira mais do que dividir a conta da lanchonete.
Como já dito, ou deixado implícito, depois do incidente minhas saídas foram reduzidas a jogos de videogame regados a pizza e coca cola ou, no máximo, uma esticada até a hamburgueria mais próxima. Fora isso, apenas três ou quatro dias de arrepiar com aqueles shows que me fizeram agradecer muito por estar aqui: Katy Perry, The Maine and The Asteroids Galaxy Tour, you rocked my world!
Esse ano não quero citar pessoa por pessoa como sempre faço. Vou quebrar as regras porque sei que aqueles que realmente merecem vão saber que estão aqui sendo agradecidos por todo o bem que me fizeram. Muito obrigada a vocês que NUNCA desistiram de mim, que estiveram ao meu lado para rir ou para chorar e que, principalmente, me aguentaram firmemente durante esses dias e meses. Conto com isso em 2012, heim? rs Afinal, não quero e não posso perder jóias tão raras como vocês. Quatro ou cinco, menos que meus dedos das mãos, vocês estão ai e sabem o quanto eu amo vocês e o quanto eu sou feliz por tê-los ao meu lado. Obrigada, buddies!
E antes que o texto fique meloso e volte a ser a retrospectiva que é há quatro anos, encerro aqui o meu balanço geral do que foi para mim 2011: uma porta para um futuro brilhante e ainda melhor do que eu espero ou ousei sonhar. Estou pronta para você, 2012! Pode chegar, porque você vai ser um dos melhores anos da minha vida!!!!!
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