Meu coração é frágil. Ele precisa de cuidado, atenção, carinho e muito amor. Já foi muito machucado, você entende não? Antes de colocá-lo dentro de um potinho para protegê-lo, eu o fiz amar muito. Me descuidei por um instante e permiti que o quebrassem. Foi difícil reconstruí-lo. Na verdade, até hoje ele sofre com a cicatriz que ficou. Nunca consegui colá-lo por completo e acho que nem vou conseguir. Às vezes, sem hora ou lugar, essas marcas começam a doer muito e eu tenho certeza que não vou sobreviver. Mas são nesses momentos que eu olho para meu lado e te vejo. Vejo seu sorriso, seus olhos e por um breve instante eu tenho a plena certeza de que você vai saber cuidar do meu coração. Só que esse instante passa e eu entendo que você é tão normal quanto os outros e que é perigoso me entregar, assim, de bandeja a você. Por mais que eu queira, por mais que eu te ame, meu coração continua frágil. Frágil demais para você!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Clichê
Odeio clichês. Nada mais clichê do que isso, eu sei, mas eu realmente não me sinto a vontade com o clichê que transformaram a vida. Tudo tão rápido, tão fugaz. Um dia você conhece, no outro você ama e no seguinte já está odiando e tentando seguir em frente. E ai tudo recomeça. Do mesmo jeito, sem muita emoção. É como se tivéssemos entrado em um circulo vicioso. Sabe aquela roda que os hamsters usam para brincar? Estamos vivendo mais ou menos assim. Presos dentro das nossas próprias gaiolas andando seguidamente em nossas rodinhas particulares que saem do nada e chegam no lugar nenhum. E quando alguém tente romper esse vício, a gente não deixa. Temos medo de sair do nosso mundinho, do nosso cubículo seguro. Temos medo de abandonar o clichê da vida para arriscar algo novo. Somos humanos ok? A gente não gosta mesmo do que é diferente. É da vida. Quase ninguém tem coragem de arriscar uma nova perspectiva. Se bem que, lá no fundo, é só isso que todo mundo quer. Cada um de nós tem no íntimo o imenso e incomparável desejo de voar, de se atirar no abismo e deixar as coisas acontecerem. O desejo de não ter que parar para compreender, mas para aproveitar, contemplar. Todo mundo tem essa vontade, mas o medo, o clichê, complica tudo. Por que arriscar ser o louco se há um lugar mais seguro e incólume para viver? Acho que parar encontrar essa resposta alguém precisa pular primeiro... Você se arrisca?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
I like that bom bom pow!
Insano. Não existe palavra que defina melhor o show de encerramento da turnê The E.N.D da banda Black Eyed Peas que rolou ontem no estádio do Morumbi em São Paulo. Depois de uma seqüência de apresentações em oito cidades brasileiras, o BEP aterrissou por aqui pronto para uma apresentação memorável e conseguiu o feito.
Antes do grupo de Los Angeles pisar no palco, foi do DJ inglês David Guetta a missão de animar a galera. E ele fez bonito! As cerca de 60 mil pessoas foram ao delírio ao ouvir "Gettin' Over You" com direito a participação de Fergie ao vivo. Mas não parou por ai. Se a abertura surpreendeu, o encerramento da apresentação de Guetta foi mais sensacional ainda: Akon surgiu no palco para entoar o hit "Sexy Bitch".
Depois de um intervalo curto, pontualmente às 22h Fergie, Taboo, APL e Will.I.am provaram que sabem como levar a platéia ao delírio. Ao som de "Let's get started" o quarteto fez sua primeira aparição e foi ovacionado pelos fãs. A cena se repetiu durante as pouco mais de duas horas de show. Todos os sucessos da banda eram acompanhados pelos presentes que não paravam de cantar, pular e gritar.
Quem acompanha o blog sabe que eu já havia assistido a mesma apresentação do BEP em Toronto há alguns meses. Eram o mesmo set list, os mesmos textos (trocando apenas Canadá por Brasil, claro), o mesmo figurino. Tudo igual, não fosse a vibe brasileira que fez o show ser completamente diferente, totalmente novo!!
Mas claro, além disso, rolou também a substituição de um Taboo na moto sobrevoando a platéia por um Taboo cantando com direito a Juanes no telão (o que me fez ir a loucura, confesso) e um Will .I.am rasgando elogios para as brasileiras.
Se eu tivesse que escolher entre as duas apresentações, com certeza escolheria a de ontem. Foi lindo, incrível e nem que eu passasse horas descrevendo conseguiria chegar perto do que realmente aconteceu. Só posso repetir: INSANO!
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Federal
Em cartaz há quase um mês "Tropa de Elite 2 - o inimigo agora é outro" de José Padilha é sucesso absoluto de bilheteria. As salas que exibem o filme estão lotadas e é difícil encontrar uma sessão. Mais de um milhão de pessoas já assistiram ao filme que narra a briga do Capitão Nascimento contra o sistema político/policial brasileiro.
Tentando embarcar nessa onda, estreou há pouco mais de uma semana "Federal" com direção de Erik de Castro. Pronto desde 2008, o filme conta com a participação de Selton Mello e do ator americano Michael Madsen e conta a história de quatro policiais federais que tentam desarticular um sistema de tráfico de drogas no alto escalão de Brasília. Enredo te lembra alguma coisa? Pois é!
Exatamente ai começam e terminam as semelhanças com Tropa. Ao contrário do irmão famoso, "Federal" é um show de horrores em quase duas horas arrastadas na tela. Não há história, não há sentido, não há sons e, muito menos, efeitos especiais. Agora cenas de sexo não faltam. Só resta a pergunta: que função elas têm no desenrolar da história?
Os personagens não trazem conexão, coerência ou carisma. Nem Selton Mello escapa da atuação pífia. Não lembra nem de longe a estrela de O Auto da Compadecida.
Mas nem tudo é desgraça nesse filme. Sobra pelo menos uma boa frase que faz jus às horas perdidas na sala de cinema: "Se tem uma coisa que funciona no Brasil é o crime".
Se Tropa merece o Oscar de filme estrangeiro, Federal merece, com toda a certeza, o troféu Framboesa de Ouro.
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