Anote no calendário essa data: 15 de abril de 2015. Uma quarta-feira como outra qualquer ganhou os holofotes e virou história quando a über model Gisele Bündchen anunciou que seria este o dia de sua aposentadoria das passarelas. Terremoto no mundo da moda. E, agora, o que será de nós sem a musa das musas, Gisele?
O local escolhido para a despedida foi aquele onde a top fez sua estreia, a principal semana de moda do país, a SPFW. O desfile em questão, o da marca Colcci. Dezenas, milhares de pessoas apinhadas, disputando a tapa os seletos convites para assistir de perto o adeus da rainha. O assunto do dia era ela. Só dava ela!
Se eu estava lá? Não dentro da sala, mas assistir do QG da imprensa não foi menos emocionante. Quem não se emocionaria com um fim triunfal como este? Modelos vestindo camisetas estampadas com o rosto da top preencheram a passarela e celebraram Gisele. Assim como o público, a ovacionaram, a aplaudiram e seguraram as lágrimas.
A gaúcha foi o símbolo de uma nova era. Considerada o patinho feio da família, começou a carreira aos 14 anos quando foi descoberta por um olheiro em um shopping de sua cidade natal, Horizontina (RS). Veio para São Paulo tentar a vida e saiu vencedora do então, The Look of The Year, promovido pela Elite Models à época. Virou fenômeno!
Aos 17 anos era destaque nas passarelas de Alexandre McQueen, seu primeiro desfile internacional. Depois vieram Valentino, Zara, Bulgari, Versace, Ralph Lauren, Dolce &Gabana, e muitos outros. Todos queriam Gisele! Em 1999, mais um marco para a carreira: a modelo conquistou o cobiçado posto de angel da grife Victoria Secret's. Quem iria imagina que a menina magrela, aquela que homem nenhum queria na adolescência, se tornaria a musa dos sonhos eróticos de muita gente? O mundo da voltas!
Büdchen coleciona recordes. Já bateu a marca de mais de 500 capas de revista em todo mundo e, há oito anos, figura como a modelo mais bem paga do mercado. Ser Gisele, meu bem, não é para qualquer um.
O fato é que Gisele já nasceu estrela. Veio carregada de uma luz própria que poucos possuem. Ela tinha que brilhar e brilhou. Levou o nome do Brasil para o mundo, mostrou que as brasileiras sabem ser sexys, calou a boca de muita gente e se tornou rainha das passarelas, da mídia, do marketing e, porque não, do mundo.
E agora que os holofotes se apagaram, que ela deu a última passada em direção ao backstage fica um vazio, uma sensação estranha de saudade misturada com esperança. Ela já disse que iria abandonar as passarelas uma vez, lá atrás em 2001, mas voltou. Ressurgiu estonteante como só ela sabe ser em um desfile de Christian Dior em Paris. Por isso, fica aqui nosso pedido para que esse não seja o adeus definitivo de Gisele do catwalk. Façam figas, mandingas, orações a todos os santos, simpatias, mas ficar sem a modelo não dá. Ninguém pode substituir o olhar penetrante, o caminhar malemolente, o corpo de medidas perfeitas, o cabelo das ondas dos sonhos...
Um dia depois do fim só há uma coisa a dizer: até breve, Gisele!
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