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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

What Are You Waiting For?


Logo ali na esquina tem um novo ano chegando. Com ele, novas esperanças, novos sonhos e novas chances para escolher caminhos. E eu não vejo a hora dele chegar! 

Eu não tive um 2014 fácil. O que não significa que meu ano foi de todo ruim. Nos primeiros dias de vida ele prometia ser diferente. Eu acreditei que, finalmente, minha panela poderia encontrar sua tampa, mas é claro que isso não aconteceu. Eu acreditei em uma possibilidade inexistente e me decepcionei. Tanto que no amor o ano só degringolou dai para frente. Aliás, acho que não houve amor em SP no meu caso. Mais 365 dias sozinha. 

Se o coração não andou muito bem, a saúde tão pouco. Ganhei a companhia de enjoos que continuam comigo e, veja só, mesmo me virando do avesso, ninguém descobre o que é. Na verdade, reza a lenda de que seja tudo emocional, e eu não duvido nem um pouco disso. Se 2014 pode me deixar uma lição é essa: preciso parar de negligenciar meus sentimentos e acreditar um pouco mais em mim. Minha cabeça tem uma facilidade extrema para absorver o que é ruim, a negatividade, e sempre ativar esse cantinho quando algo acontece. Sou apegada ao medo nas suas mais variadas formas e preciso mudar isso.

O ano também não foi bom para as amizades. Mas as dores foram tantas e tão profundas que eu decidi esquecer disso. Só quero comigo quem gosta de mim, quem me quer bem e quem me faz bem. Chega de ser a segunda opção.

No trabalho as coisas saíram um pouco melhores. Tive uma chance de mudar tudo, mas escolhi ficar. E eu não me arrependo. Não era a hora e nem o caminho certo para mim e hoje eu tenho a certeza disso. Sobre as férias eu não poderia ter passado um tempo melhor. Voltei para o meu lar de coração: Los Angeles. Como foi bom reencontrar aquele espaço onde eu me sinto tão bem e tão pertencente. Para não repetir a viagem como em 2012, houve espaço para conhecer a Disney. E aqui cabe uma correção: eu encontrei o amor da minha vida hahahaha Captain America, I will be back someday! À parte dos meus romances platônicos, neste ano conheci São Francisco e um lugarzinho muito especial chamado Santa Bárbara. Califórnia me surpreendendo mais e mais a cada novo encontro.

Neste ano não realizei o sonho de abraçar o James de novo, mas consegui assistir ao One Direction ao vivo pela primeira vez e foi ótimo. Me senti como uma adolescente apaixonada vendo sua banda favorita. O melhor de tudo foi que ainda ganhei a cobertura pelo Omelete e tive meu texto publicado para o mundo inteiro ver, com direito a home e tudo. Se você perdeu, confira aqui: One Direction em São Paulo

Enfim, num balanço geral, o ano teve seus percalços, mas teve muita coisa boa. Só isso que levo para vida, o que aprendi, o que houve de maravilhoso. Para 2015 eu espero que tudo de bom se repita e se multiplique. Que seja um ano especial para mim, para os que me cercam e para todos. Um ano de mudanças e de muita, muita, muita felicidade!

Feliz 2015!
Happy 2015!
Bonne année!
Feliz año nuevo! 


sábado, 15 de novembro de 2014

What page you're on

Ainda estou tentando entender o que aconteceu, ou melhor, o que não aconteceu. Quer dizer, eu devo confessar que aconteceu, milhões e milhões de vezes na minha mente. Mas, agora, eu tenho certeza absoluta de que só nela e em outro lugar nenhum. E eu me pergunto de quem foi a culpa. Foi minha? Foi sua? Foi de nós dois ou de ninguém? 

Eu não sei o que se passou na minha cabeça, tão pouco na sua. Já dizia a canção "eu costumava pensar que um dia ia contar a história de nós", mas não há história. Nunca terá. Porque você nunca será e eu nunca serei. Nós nunca seremos capazes de traduzir em palavras, um para o outro, o que foi, o que poderia ter sido ou o que nunca era para ser. Nós somos assim. Ponto final. Próximo capítulo. 

A simple complication, miscommunication
Has lead to fallout
Too many things that I wish you knew
So when your wall's up I can't break through
(Story of Us, Taylor Swift)

domingo, 5 de outubro de 2014

I miss you, you know

Sentir saudade dói. Dói tanto que quase ninguém no mundo quis inventar uma palavra para transmitir esse sentimento. É que muito difícil colocar em sete letras uma dor que não caberia nem no dicionário inteiro. Eu não gosto de sentir saudades. Na verdade, eu pouco sinto. Sinto mais dos tempos que ficaram para trás do que de gente. Mas com você é diferente. 

Me dá um desespero cada vez que eu me dou conta de que você não está por perto. Nem perto fisicamente, nem perto emocionalmente. É uma saudade desesperadora de uma conexão que existia, de um abraço que me cabia, de um espaço que era meu e em algum momento se perdeu. Tudo ficou para trás. Eu nem sei bem onde e nem quando. E acho que essa atemporalidade me consome e me aperta ainda mais a saudade. 

Talvez falar tudo isso para você resolvesse. Mas sabe o que seria pior que essa saudade cortante? Não haver reciprocidade. É aquela coisa, a saudade até pode ser boa se vier dos dois lados. Pode até nascer uma esperança dela ir embora, uma hora ou outra, é dar espaço para uma felicidade absurda. Mas se isso não acontecer, até a saudade abandona. Fica no lugar dela um vazio, uma falta, uma inércia... 

Prefiro ficar sentindo saudade. Saudade de tudo que foi e até daquilo que nem chegou a ser. Prefiro ficar esperando que ela alcance você de algum jeito e possa trazer você de volta.


"And I'm surrounded by
A million people I
Still feel alone
Let me go home
I miss you, you know"
(Home, Michael Bublé)

domingo, 14 de setembro de 2014

Maybe I will tell you all about it

Eu não sei quem é você. Pode ser aquele moço sentado ali de camiseta azul, comendo um pedaço de pizza enquanto ouve sabe-se lá deus o que no fone gigantesco. Talvez seja o rapaz engomado, com um jornal debaixo do braço e a carinha de bom moço. Ou , quem sabe, tem um daqueles rostos que eu não vi ainda e que eu nem vou achar bonito da primeira vez que passar por mim. Eu não faço a menor ideia...

Aliás, será que eu já cruzei com você em uma dessas esquinas e nem me dei conta? Ou será mesmo que você anda tão escondido que vai ser mais fácil encontrar uma agulha no palheiro do que achá-lo nessa montanha russa que a gente chama de vida? Prefiro ficar com a opção de que eu já vi o seu rosto. Já desenhei seu corpo e todos os seus traços. Defini seus gostos e tudo aquilo que não te agrada. Já te fiz pronto e agora só estou esperando topar com você dentro do trem, fazendo compras no mercado às duas da manhã ou andando perdido por ai, sem rumo e destino. Bobagem!

Você vai chegar sem avisar. Vai entrar chutando a porta e mandando todas as minhas certezas - e todas as minhas ilusões - para a casa do chapéu. Vai ocupar todo o espaço e não deixar nem um cantinho de dúvida espalhado. Vai provar que no meio de tanta gente chata e sem graça existe alguém politicamente imperfeito para ser tudo aquilo que eu achei que queria, mas não tinha nada a ver comigo. 

A verdade é que eu não sei quem é você e não faço a menor ideia. Mas eu tô esperando. Tô aqui esperando você me deixar sem ar, me puxar pela cintura, me abraçar quando estiver frio e me beijar na chuva. Tô aqui esperando nosso conto de fadas e nosso para sempre, que vai durar o suficiente para ser inesquecível. Eu tô esperando você chegar roubando meu mundo e tirando meus pés do chão. E nem importa se você é o moço de camiseta azul comendo um pedaço de pizza ou o rapaz engomado com um jornal debaixo do braço. Mas eu tô esperando...

"Searching all my days just to find you
I'm not sure who I'm looking for
I'll know it
When I see you
Until then, I'll hide in my bedroom
Staying up all night just to write
A love song for no one"
(Love Song For No One - John Mayer)