Pages

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Todo carnaval tem seu fim

Era uma terça-feira quando aquele e-mail chegou. Despois de meses catastróficos e uma quase desistência da profissão clicar no abrir poderia me levar a extrema felicidade ou a certeza que eu precisava para abandonar o jornalismo. Passei o mouse em cima da mensagem que trazia no assunto Tudo de Blog 2009. Eu tremia tanto e meu coração pulsava tão forte que eu sentia que ia morrer se a notícia ali fosse ruim.

Depois de alguns minutos resolvi encarar. Os dois cliques e a mensagem encheu minha tela: Bem vinda ao time de blogueiras da revista Capricho. Saí gritando e pulando pela casa quase como se tivesse ganho na megasena. Corri para contar para minha mãe, para as minhas amigas e para todos aqueles que tinham acompanhado o meu mártirio durante as semanas de espera entre a inscrição do blog e a seleção.

Um ano se passou. Nesses doze meses de tudodebloguete eu conheci outras 100 meninas maravilhosas com textos sensacionais capazes de arrepiar, levar as lágrimas ou fazer a gente morrer de rir. Fiz amizades que foram além das telas do computador e compartilhei histórias com muitas delas. E o mais importante, eu aprendi.

Aprendi o jogo de cintura. Aprendi a escrever textos sobre assuntos que eu não dominava ou que eu achava infantil demais. Aprendi que eu era melhor quando eu deixava meus sentimentos aflorarem e não quando eu tentava florear as palavras. Aprendi que existiam textos melhores que os meus e aprendi a respeitar as diferenças.

Hoje, a magia, se assim podemos chamar, chegou ao fim. Mas a experiência que isso me trouxe nunca mais irá ser arrancada. Seja por marketing editorial ou , pura e simplesmente porque a revista precisava mudar o TDB chegou ao fim. Não terão mais pautas, divãs king size na comunidade do orkut ou telas gigantes nos chats do msn. Acabaram os corações acelerados a espera da publicação na próxima quinzena.

E antes que as luzes se apaguem e a música chegue ao fim eu só queria dizer: MUITO OBRIGADA!



domingo, 7 de fevereiro de 2010

Que no meu peito eu vou te guardar ♪

Eu te conhecia a menos de 24 horas quando tudo aconteceu. Intenso, incontrolável e inexplicável. Não existem adjetivos melhores para registrar o que se passou entre a gente. Mas assim como começou, se foi. Não por completo, é claro. Sua imagem, suas palavras, seu gosto ainda estão impregnados em mim. Na minha pele, nos meus cabelos, nos meus lábios mora um pedaço seu. No coração vive uma grande chama que, irritantemente, insiste em queimar por você. O tempo, a distância, a vida, tudo se uniu para nos separar. Hoje, eu vivo aqui e você ai, longe. Outros caminhos e um futuro brilhante. Pessoas tão ou mais apaixonantes passam pelas nossas vidas todos os dias. Não parei para te esperar voltar e tão pouco você parou por mim. Mas será que isso realmente importa? Não me interessa quantas bocas e quantos corpos você beijou e tocou nos últimos meses, nesse intervalo de tempo. Também não me incomodo se quiser fazer isso na minha frente para dizer que pode mais, que não se abalou com tudo que vivemos. Você nunca consiguirá mentir pra mim. Há escondido no seu olhar um certo brilho que delata que você também sentiu as mesmas emoções e que um pedaço meu ainda vive em você. Não fui e não serei tão especial quanto você foi pra mim, mas fui diferente a ponto de manter um lugar intacto na sua memória. Eu não sou a mulher da sua vida e nem você o homem da minha e nem temos a pretensão de que assim seja. Mas estamos ligados e isso, você não pode negar.